ESTUDO BÍBLICO

JESUS É O CAMINHO PARA UMA FAMÍLIA FELIZ

Deus criou a família com um homem, uma mulher e seus filhos (cf. Gn 1:27-28,31). Ele a criou para amar, ajudar e alegrar-se (cf. Ef 5:33; 6:1,4). Contudo, vejamos o que acontece:

1 - A família sofre porque as pessoas erram –  Cinza como um dia nublado e sem luz são os erros que fazem a família sofrer (Gn.3:11-12). As famílias erram quando fazem as coisas que Deus disse para não fazer e quando não fazem as coisas que Deus mandou fazer (Gn 6:5-6). Erram quando mentem, brigam e se separam (Tg 4:1-2).

2 - Jesus veio consertar as pessoas – Como uma flor no meio da tempestade, Jesus veio nos dar seu amor quando tudo estava ruim (Mt 11:28-29). Ele veio ao mundo porque Deus nos ama e não quer ver nossa família sofrendo por causa das coisas erradas que fazemos (Jo 3:16-17).

    Jesus é a solução para a família: quando a família está perdida, Jesus é o caminho; quando a família não sabe mais o que é certo ou errado, Jesus é a verdade; quando a família está sofrendo, Jesus é a vida. Só Jesus nos leva a Deus. Pois...

3 - A família melhora seguindo a Jesus –  A família que segue a Jesus é como uma árvore que se renova, fica cheia de vida e produz muitos bons frutos –  Jo.10:9-10.

A partir daí, entendemos que só Jesus é o caminho para a família.

Que o Senhor venha a cada dia abençoar sua família!

                                                               Seu amigo e pastor,

                                                                Armando Xavier

                     

A igreja, lugar de vida

A igreja é o povo chamado por Deus das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade, do pecado para a santidade, da perdição para a salvação. O homem natural está longe de Deus, é rebelde contra Deus, e está morto em seus delitos e pecados. Ninguém vem a Deus por si mesmo. Ninguém pode vir a Cristo se o Pai não o trouxer. É Deus quem opera no homem tanto o querer quanto o realizar. É Deus quem tira a viseira dos seus olhos e o tampão dos seus ouvidos. É Deus quem abre o coração e dá o arrependimento para a vida. É Deus quem dá a fé salvadora e justifica o pecador.

A igreja é o povo chamado do mundo para um relacionamento particular com Deus. Somos adotados na família de Deus. Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Fomos chamados para um lugar de vida e não para as sombras da morte. Fomos chamados para vivermos de forma abundante e superlativa e não para nos apresentarmos no palco do mundo com um arremedo de vida. Fomos chamados para a liberdade em Cristo e não para colocarmos novamente nosso pescoço no jugo da escravidão.

A igreja é um lugar de vida, e nós podemos usufruir essa vida abundante, por três razões:

Em primeiro lugar, porque aqueles que estão em Cristo ao olharem para o passado têm convicção de que seus pecados foram perdoados. Todo aquele que pela fé veio a Cristo, e o recebeu como Salvador, foi justificado e não pesa mais sobre ele nenhuma condenação. Com respeito à justificação foi liberto da condenação do pecado. Seus pecados foram cancelados. Sua dívida foi paga. A lei foi plenamente cumprida e as demandas da justiça satisfeitas. Quem está em Cristo é nova criatura. Recebe um novo coração, uma nova mente, uma nova vida, uma nova família, uma nova pátria. Nosso passado foi passado a limpo e fomos lavados no sangue de Jesus e, agora, temos uma nova vida, sem as peias da culpa.

Em segundo lugar, porque aqueles que estão em Cristo ao olharem para o presente têm convicção de que podem viver estribados no poder de Deus. Aquele que está em Cristo não está mais debaixo do poder do pecado. Não é mais escravo do pecado. O poder que opera nele não é mais o poder da morte, mas o poder da ressurreição. Nele habita plenamente a palavra de Cristo. Ele foi feito templo do Espírito Santo. Cristo habita em seu coração pela fé. Ele morreu para o pecado e, agora, está vivo para Deus. A suprema grandeza do poder de Deus está à sua disposição para viver vitoriosamente, pois com respeito à santificação foi liberto do poder do pecado.

Em terceiro lugar, porque aqueles que estão em Cristo ao olharem para o futuro têm convicção de que caminham para a glória. O nosso futuro já está determinado. E determinado não por um destino cego, mas pelo Deus onipotente. Aqueles que Deus conheceu, predestinou, chamou e justificou, a esses Deus também glorificou. Nossa glorificação é um fato futuro, mas na mente de Deus e nos decretos de Deus já está consumado. Não caminhamos para um ocaso lúgubre, mas para a eternidade bendita. Não marchamos para um túmulo gelado, mas para a ressurreição gloriosa. Não nos assombramos diante de um futuro incerto, mas gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. Receberemos um corpo semelhante ao corpo da glória de Cristo. Viveremos e reinaremos com Cristo por toda a eternidade. Deus, então, enxugará dos nossos olhos toda a lágrima, porque com respeito à glorificação seremos libertos da presença do pecado.

Rev. Hernandes Dias Lopes

SANTIFICAÇÃO: Uma Vida diferente na Presença de Deus

O gênero humano foi criado por Deus de forma distinta, comparado a outros seres criados, recebeu um tratamento todo especial. Mesmo assim falhou quanto ao cumprimento do propósito do criador para a sua vida, a adoração completa, incondicional e ininterrupta em toda sua existência.

De forma bem simples podemos dizer: O gênero humano foi criado em total perfeição, mas degenerou-se com a entrada do pecado em suas vidas, então na plenitude dos tempos Deus fez um investimento altíssimo para salvar estas criaturas tão amadas, enviando Jesus Cristo seu único filho, que abraçou a morte e morte de cruz, com a bendita finalidade de reconciliar a criatura com o criador, que estavam separadas pela parede do pecado.

 Quando essas criaturas ouvindo a Palavra na instrumentalidade do Espírito Santo, por causa da grande misericórdia de Deus em Cristo tem um encontro glorioso e salvífico com Cristo, nascem para uma nova relação, nascem de novo (João 3:1-8). Não é preciso dizer que o inimigo não fica nem um pouco satisfeito com essa nova posição conquistada na cruz, então passa a investir tudo que pode para retomar o domínio nos corações dos salvos em Cristo.

A partir daqui começa uma verdadeira guerra no mundo espiritual, é esta luta para manter-se íntegro espiritualmente e em comunhão com Deus, que chamamos de santificação e consagração ao Deus que nos amou e nos salvou pelo sangue de seu Filho derramado lá na cruz.

Quando a gente estuda a doutrina sotereológica (Doutrina da Salvação) no aspecto  Santificação aprendemos que diferentemente dos outros pontos vistos no conjunto da salvação, a santificação é um processo gradativo que acontece, percorrendo um longo caminho até o final da nossa existência quando alcançaremos o ápice da santificação, que é a glorificação com Cristo. Podemos dizer que o final desta estrada da santificação é a glorificação, é o ponto mais alto desta caminhada rumo à eternidade.

Santificação não é sinônimo de perfeição, como alguns interpretam erradamente, mas indica uma vida separada inteiramente para Deus, e dedicada a fazer a sua vontade incondicionalmente, haja o que houver.

Esses aspetos podem ser vistos de acordo com o que encontramos em (1 João 2:15-17). Uma separação do mundo e seus desejos para fazer a vontade de Deus que permanece eternamente. Sendo assim, Santificação inclui tanto a separação do mundo e seus pecados quanto à dedicação ao Deus santo e a seu serviço neste mundo. Não somos separados do mundo para vivermos em berço esplendido, como diz o hino nacional brasileiro. Vamos à luta em nome de Jesus!!

Meus amados irmãos em Cristo surge a necessidade de buscarmos uma vida santificada, isso não é uma sugestão bíblica, não, mas uma determinação para obedecermos sem demora. “segui a Paz com todos e SANTIFICAÇÃO sem a qual ninguém verá a Deus”. Eu quero ver a Deus, está com ele eternamente, e você?!!

Os elementos divinos para a Santificação, os meios para termos uma vida santificada, são simples e começa com o sangue de Jesus, que nos purifica, não pode haver pessoa santificada que não tenha sido purificada, e só há um líquido santo que pode limpar-nos do pecado se chama o sangue de Jesus (1 João 1:9). Seguindo com o Espírito Santo, o desbravador da natureza bruta do homem, realizando uma verdadeira transformação no coração humano (1 Cor.6:11). Bem como a Palavra de Deus, através da qual podemos ver o nosso pecado como em espelho, a Palavra não tira o pecado, mas o mostra para que tenhamos conhecimento de como devemos nos conduzir (Salmo 119:9). Quem tira é o sangue, mas a palavra mostra.

Ao escrever este singelo texto, gostaria de ver os nossos jovens mostrando melhorias de vida na presença de Deus, pois não devemos ser meramente ouvintes ou leitores, mas praticantes dessa Palavra.

Deus nos abençoe...

Pr. Edinaldo Alves da Silva é pastor da Igreja Congregacional em Brejo dos Santos – PB, Bacharel em teologia pelo Seminário Teológico Congregacional do Nordeste E Licenciatura Plena em Letras pela UEPB, é colaborador do STCN – Extensão Catolé do Rocha-Pb lecionado varias disciplinas.

 

FUI ESCOLHIDO

Falar de eleição e predestinação é muito difícil em alguns lugares ou grupos, certos irmãos sentem um frio na barriga, um arrepio nos pelos ou um descompasso no coração só em ouvir essas expressões. Porque tanto espanto com essas palavras e doutrinas, já que elas são completamente bíblicas? Provavelmente por dois motivos principais:

1. A maioria das igrejas evangélicas no Brasil não crê nisso, ou melhor, tem entendimento diferente da posição chamada reformada e julga ser mentira quem não crê como elas. É a boba e velha briga por diferenças doutrinárias que separou tanto no passado.

2. A falta de ensinamento esclarecedor sobre o tema leva a preconceitos e afirmações contra ele que não são verdadeiras. 

Esse texto simples tentará explicar algo sobre essas doutrinas, especialmente para os congregacionais.

1. É correto o ensino da eleição e predestinação entre os congregacionais?

Sim, pois isso sempre foi crido pelos congregacionais no mundo todo. O movimento separatista da Inglaterra que deu origem ao congregacionalismo moderno cria nessas doutrinas, alguns personagens congregacionais muito conhecidos historicamente e mundialmente como George Whitfield, Johnatan Edwards e D. Martin Lloyd Jones também eram reformados. No Brasil o melhor exemplo de reformado congregacional a ser dado é do fundador do movimento, Dr. Roberto Reid Kalley, que deixou o documento que serve de base para a doutrina das igrejas, os 28 artigos da Breve Exposição das doutrinas Fundamentais do Cristianismo, que é declarada como aceita por todas as igrejas e pastores congregacionais. O artigo 19º diz:

Art. 19º - Da União do Corpo de Cristo

A Igreja de Cristo no céu e na terra é uma(1) só e compõe-se de todos os sinceros crentes no Redentor(2), os quais foram escolhidos por Deus, antes de haver mundo(3), para serem chamados e convertidos nesta vida e glorificados durante a eternidade(4).

(1) Ef 3:15; (2) I Co 12:13; (3) Ef 1:11; (4) Rm 8: 29,30.

2. Mas, afinal, o que é eleição e predestinação?

Embora as palavras eleição e predestinação pareçam ser sinônimas, terem o mesmo siginificado, elas apresentam uma leve diferença mas que vale a pena ser observada:

Eleição: É o ato, a escolha feita por Deus de certas pessoas para serem salvas, a partir desse ato essas pessoas foram eleitas por Deus. É como quando alguém vai as urnas, vota num candidato e esse sai vitorioso.

Predestinação: É a conseqüência da eleição, da escolha feita por Deus, ou seja, quando O Senhor escolheu pessoas para serem salvas essas pessoas passaram a ser predestinadas. A comparação com uma eleição comum ajuda a entender a predestinação também:

Quando alguém ganha vence eleição para prefeito passa um tempo esperando ser empossado, ou seja, depois da eleição ele ainda não é o prefeito mas está predestinado, pela eleição para ser o chefe do executivo municipal.

3. Mas isso é bíblico?

Sim, eleição, eleitos, escolhidos, predestinação e predestinados são termos muito comuns na Bíblia (Ex 24: 11; Sl 105 43; 2Tm 2: 20; Mc 13: 20; 1Ts 1: 4; Rm 11: 5, 28; 2Pe 1: 10; Rm 9: 11; Rm 11: 7; Cl 3: 12; Tt 1: 1; 1Pe 1: 2; Ef 1: 5,  11; Rm 8: 29, 30, e mais alguns outros textos?)

4. Como Deus fez a escolha?

O Senhor escolheu para a salvação quem Ele quis, segunda sua vontade soberana, e não segundo qualquer merecimento humano ou previsão (Ef 1: 5)

5. Mas e os textos que dizem que Deus usou seu preconhecimento para realizar a eleição?

Os textos são esses:

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:29

...escolhidos de acordo com o pré-conhecimento de Deus Pai, pela obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e a aspersão do seu sangue: Graça e paz lhes sejam multiplicadas. 1 Pedro 1:2

Os dois textos diz que Deus conheceu de antemão as pessoas que creria, não diz que ele elegeu por saber de antemão que creriam. É bom também esclarecer que conhecer de antemão nesses textos significa amar antecipadamente e não apenas tomas conhecimento prévio, na Bíblia é comum o uso da expressão conhecer para falar de relacionamento, mesmo de relacionamento íntimo (Gn 4: 1; MT 1: 25)

6. Quando a eleição foi realizada?

De acordo com as escrituras, Deus, em sua soberana vontade, realizou a eleição antes da fundação do mundo (Ef 1: 4)

7. Mas isso não é injustiça da parte de Deus?

Claro que não, os que foram escolhidos são pecadores e foram escolhidos para serem salvos através de Cristo, nos merecimentos dEle (Ef. 1: 4), os que não foram escolhidos são também pecadores, ao se perderem, se perdem por causa dos seus pecados. E ainda mais, não devemos questionar os planos de Deus (Rm 9: 20)

8. Os eleitos já nascem salvos?

Não, eles são tão pecadores e perdidos quando nascem como qualquer um, tanto que foi preciso Jesus morrer para que fosse salvos.

9. Essa doutrina não desmotiva a pregação do evangelho?

De maneira nenhuma, pelo contrário incentiva. O que seria mais incentivador, arriscar procurar algo sem saber se vai encontrar tal coisa, ou procurar na certeza que vai encontrá-la? Pois bem quando cremos nas eleição, pregamos na certeza que os eleitos ao ouvirem a palavra, no devido tempo, eles se renderam a Jesus. O apóstolo Paulo disse que fazia de tudo para pregar por causa dos eleitos (2Tm 2: 10), e ainda quando quis parar de pregar numa cidade, o Senhor o incentivou dizendo que continuasse pregando porque lá havia muitos escolhidos (At 18: 10). E ainda mais, nas escrituras vemos que na salvação são escolhidos: o salvador, Jesus (Ap 13: 8), os salvos (Ef 1: 4), e as pessoas que vão pregar o evangelho (Jo 15: 16)

10. Essa doutrina não leva a algum orgulho espiritual, ou desmotivação em buscas a santificação? 

Muito pelo contrário, esse ensino leva a humildade em saber que:

a) Deus é o Senhor, o soberano que manda em tudo e em todos

b) Somos tão pecadores como qualquer pessoa, mas pela sua graça e misericórdia Deus nos escolheu.

c) Somo escolhidos para a salvação e santificação.

Dúvidas? Envie sua pergunta para rovanildosoares@gmail.com

         Pr. Rovanildo Viera Soares, casado com Rita Joelma e pai de Arthur Emanuel , Técnico em Contabilidade e graduado em Teologia pelo Seminário Teológico Congregacional do Nordeste, pastoreou as Igrejas: IEC de Lagoa Encantada - Recife - PE, 1ª IEC de Fortaleza- CE, IEC de Riacho dos Cavalos - PB e atualmente é pastor efetivo da IEC de Boa Vista – RR foi colaborador do STCN – Extensão Catolé do Rocha – PB durante seis anos lecionando as disciplinas de Teologia Sistemática, Hermenêutica e Exposição Bíblica.